Descendentes
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 Floresta Proibida

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Malévola
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MensagemAssunto: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:11 pm


Floresta Proibida
Sua atmosfera instiga mistério, seus tons incitam aos olhos, o que ela oculta tende ao inimaginável. Há quem diga que de todos os locais de Hogwarts, a Floresta é a que mais estimula aos sensos de aventura, assim como recheia as mentes com seus mitos que alguns ainda dizem serem baseados em fatos. Sua imensidão compreende um infinito ainda não desvendado completamente por homem ou bruxo algum, é apenas a magia da natureza quem rege e protege a floresta e contra esta ninguém realmente é capaz. À primeira vista, quando tudo o que está ao alcance dos olhos é a extensa orla, é até possível imaginar estar em um bosque, alguma espécie de refúgio inofensivo. Os tons das árvores se misturam e criam uma harmonia única de cores em todas as estações, os animais mais sociáveis, que andam pelas proximidades dali, animam o ambiente com a sinfonia de sons. Mas eis que está descrito o único ambiente realmente seguro da floresta e totalmente desvendado, o passo seguinte em direção ao interior é sempre algo totalmente imprevisível. São em cada um desses passos em direção as profundezas da floresta que você descobre que o inofensivo não é tão inofensivo, e que o que parecia encantador se torna fonte de angustias a cada passo que você dá no caminho de terra trilhado em direção ao seu interior. Suas enormes árvores fazem com que a luz entre por feixes, e a noite, o breu natural de alguns lugares, de transforma na mais obscura das escuridões, nada é certo, nunca se sabe o que vai encontrar, talvez tenha a sorte de se deparar com os dóceis unicórnios ou talvez com algum centauro, que por sorte sejam civilizados, ou ainda adoráveis fadas e demais criaturas habitantes da floresta.

Mas a falta de conhecimento sobre toda a fauna do local leva também a hipóteses de perigo intenso, nunca se sabe o que a mágica natureza guarda em suas mais obscuras entranhas. Um infinito jamais percorrido ou desvendado em sua essência, uma eternidade de lendas e verdades, de homens e almas perdidas em meio ao desconhecido. Dona também de propriedades únicas, dos mais valiosos e poderosos antídotos a alguns dos mais letais venenos, sua fauna e flora surpreendem, quando gentis, se abrem ao olho dos homens, quando arredias, são capazes de fazer com que toda uma vida humana se perca em meio à imensidão que elas regem. Ali há azar e sorte, vida e morte, há luz e sombra, doenças e curas, extremos que apenas a sabedoria da natureza é capaz de prover.
w w w . h o g s m e a d e . c o m . b r
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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:12 pm



TAGGED: Fairies & Dugbogs
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LYRICS: Stompa - Jacquie Lee
Catching fairies
Hit ‘em up style!!!
 Depois da aula de Adivinhação, vinha... humm... Trato das Criaturas Mágicas é isso! Saindo da Torre Norte, me encaminhei para a cozinha, mas a meio caminho fui interceptada pelo professor Klaus Magnus Hallofer, justamente quem eu iria encontrar daqui há alguns minutos, pois bem, ele pedira pra capturar fadas. F-A-D-A-S! *---* Sim, amo essas criaturinhas mágicas, apesar da natureza um tanto encrenqueira, acho-as lindas. O professor disse que na Floresta Proibida havia algumas soltas, segundo ele, serviriam de decoração para uma festa. Tinha até medo de como seria essa festa, não sei explicar, mas o professor Hallofer era... humm.... suspeito até que se prove o contrário, mas eu nada  tinha a ver com sua vida pessoal. Ele alertou também, que estas fadas, em especial, tinham hábitos noturnos. Como teria que esperar anoitecer pra realizar a tarefa, e minha cabeça ainda estava dolorida do esforço realizado na primeira aula, resolvi estudar um pouco sobre essas criaturas mágicas e me dirigi pra minha comunal.

Lembrei-me de fazer diversas notas mentais, como: “Tamanho – pode variar de 2 a 12 centímetros”; “Pouca inteligência”; “Habita locais alagadiços”; “Fraco poder mágico”; “Não fala, emite um zumbido agudo”; “e põe 50 ovos de cada vez no ver das folhas”; claro, havia mais coisas, ma eu não ia me lembrar de tudo, imaginei que estas seriam as principais características. Fechei o livro do Sr. Scamander, subi a escadaria que dava em direção ao dormitório feminino do 5º ano, guardei o material, ficando apenas com a varinha e numa bolsa preta à tiracolo resolvi levar alguns potes para colocar as fadinhas, me despedi de Snuffles, meu cachorrinho. Ainda de uniforme, com uma capa por cima, com as cores da casa de Rowena, o distintivo da monitoria preso à mesma, os sapatos pretos afivelados e a meia ¾ branca cuidadosamente ajeitada abaixo do joelho, conferi o relógio, os ponteiros indicavam que faltavam 5 minutos para bater 7 horas da noite. Saí da torre da Corvinal, cruzando a aldrava de bronze, caminhando em direção à Floresta Proibida.

Após alguns minutos de caminhada, cheguei ao meu destino, ou em parte dele. Estava na orla da Floresta e ali já estava bem escuro, foi inevitável um arrepio me percorrer a espinha, mas tinha que agradecer a falta de claridade, pois caso houvesse, ela viria da lua, vindo dela ia significar que a mesma estaria cheia, e eu... bem... com certeza eu não estaria ali, talvez uivando embrenhada por aí, enfim, balancei a cabeça espantando tais pensamentos e murmurei *Lumus*, entrando na floresta para cumprir a tarefa. Com a ponta da varinha acesa, fui adentrando aquele emaranhado de árvores, atenta à qualquer barulho, fora burra, deveria ter trazido Snuffles comigo, mas até pra ele, ali não era seguro, pensando bem, fora melhor tê-lo deixado na torre. A neve não chegava naquela parte da floresta, tinha apenas galhos secos no chão que se partiam a cada pisada, e ecoava o som para o coração da mesma, isso DEFINITIVAMENTE, não era um bom sinal. Ouvia alguns ruídos ao meu redor, e minha respiração. Arfante. Talvez pelo medo, ou por ter coberto uma boa parte do caminho até ali, ou pelos dois fatores somados. Parei, tentando me concentrar, lembrando de uma das características das fadas, que era o habitat alagadiço, algum brejo, devia ter algo parecido em alguma clareira no meio da floresta, me ajoelhei no chão sentindo o solo, tentando me localizar, vendo onde estava mais úmido, pra que dessa forma pudesse me guiar para o local certo, após alguns segundos de análise, pude constatar que devia ir para direita. Pensando assim, até que aqueles acampamentos quando criança serviram para alguma coisa, suspirei, havia chegado à uma bifurcação, e não sabia pra que lado seguir (de novo), fiz o mesmo procedimento que o anterior e não adiantou, com a ponta da varinha ainda acesa, aproximei a do solo, mas ambos tinham a mesma textura, não tive escolha, optei por seguir o caminho da direita. Andando a passos leves pra não atrair a atenção, a parca luminosidade da varinha já não funcionava mais tão bem devido ao breu que me encontrava, mas aumentar a intensidade da claridade era quase que assinar uma sentença de morte. Resolvi continuar assim, depois de aproximadamente 20 minutos de caminhada, cheguei à uma clareira, vazia, as árvores se entrelaçavam mostrando que não havia outra saída exceto o caminho que me levara até ali, respirei fundo, girando no calcanhares e refazendo aquele trecho, havia tomado a direção errada. “Ora, mas que novidade, Cherry... sempre desnorteada...”, pensei comigo mesmo, após algum tempo, já estava no início da bifurcação, indo agora para a esquerda, fui andando, cautelosa, atenta a qualquer ruído distinto.

Caminhando por um longo trecho, mais longo que o anterior devo acrescentar, os galhos secos haviam acabado há algum tempo, só me dei conta agora, que pisara na terra úmida, apontei a varinha para baixo, seguindo o fluxo da umidade e não contive um sorriso, havia chegado num brejo, olhei para cima e vi pequenos pontos luminosos, concluí que eram as fadas, murmurei *Nox*,, imergindo num breu total, sendo visível apenas algumas criaturinhas que eram luminosas, apontei minha varinha para um grupo delas sussurrando *Immobilus*, enquanto com a outra mão pegava o pote que havia desrrosqueado a tampa minutos antes, agitei a varinha de novo, dessa vez falei o feitiço um pouco mais alto, mas ainda direcionando para as criaturas humanóides congeladas: *Accio*, trazendo as para o recipiente em que ficariam até chegarem nas mãos do professor. Ia imobilizar outro grupo, quando algo atacou meu tornozelo, fora pega de surpresa, soltei um berro agudo, olhei pro chão e vi apenas um pedaço de madeira, sem entender o que ocorrera, murmurei *Lumus*,  direcionando o feixe de luz para o objeto, forçando a vista, percebi que o “tronco de madeira” possuía patas com nadadeiras, minha mente travara uma guerra: Se livrar da criatura que me atacava ou descobrir o que era aquilo, forcei minha memória ao máximo, talvez tivesse visto aquilo no segundo ou terceiro ano... Naquele curto espaço de tempo, ele voltou a tentar me atacar no mesmo local, chutei-o para longe, mas logo me vi cercada pelo “Cava-túneis”, algo ainda me dizia que esse não era o nome correto, vendo mais daqueles pedaços de madeira se aproximarem, tentei utilizar o *Depulso*,  mas minha pontaria era péssima, enquanto um voava por cima do outro, um Cava-Charco, “ERA ISSO!”, atacou minha panturrilha, porém da outra perna, com as duas sangrando pelos ferimentos, havia perdido a agilidade, ia precisar de algo mais forte e mais eficiente que não exigisse minha mira, com um lampejo tive a idéia de produzir um patrono. Memória feliz? Do momento? Puxei em minha mente os momentos marcantes, e lá estava, perfeitamente: o rapaz, lindo e loiro sorridente, me pedindo em namoro, o início de toda a minha história com Dougie Pylae, abri um largo sorriso e berrei *Expecto Patronum!*, vi irromper de minha varinha um Lobo-da-Etiópia, não totalmente corpóreo, mas o suficiente pra me proteger e tirar aquelas criaturinhas de perto de mim enquanto realizava a tarefa do professor Klaus. Com o lobo me guardando, imobilizei e convoquei as fadas em mais três ou quatro levas, sempre colocando no potinho. Vez ou outra um Cava-Charco se aproximava e me arranhava do joelho para baixo, mas isso era só a tempo do meu patrono esfumaçado voltar e espantá-lo para longe. Vendo que já tinha uns quatro vidros cheios de fadinhas, achei melhor ir embora dali, mas não me atrevi a desfazer meu guardião até estar a uma distância segura daquele brejo, passei pelo início da bifurcação ainda com o lobo me seguindo, porém quase desfeito, sua luminosidade estava bem parca agora, parecia um fantasma, eu estava exausta e não poderia mantê-lo por muito mais tempo se quisesse sair inteira dali e precisasse usar outro feitiço. Murmurando um *Finite Patronum*, vi meu guardião desaparecer em segundos, parei, arqueando as costas e apoiando minhas mãos nos joelhos, arfando, resolvi reparar no estrago causado por aquelas criaturas. Tornozelos mordidos e ensangüentados, minhas meias – antes – brancas, agora estavam sujas de barro e sangue, além de estarem rasgadas em diversos pontos. Endireitei-me de novo, tinha certeza que estava descabelada, me dei conta de que estava mancando devido aos ferimentos, e enquanto tentava achar o caminho na escuridão, ouvia o tilintar dos vidros na bolsa à tiracolo que carregava, estava sem forças para pegar a varinha e conjurar uma luz pra me guiar.

Após uns minutos mais de caminhada, não tinha mais escolha, peguei a varinha já falando baixo *Lumus*, vi surgir uma luzinha fraca na ponta da mesma, mas era o suficiente pra me ajudar, com calma, meio zonza e desesperada, queria sair dali o mais rápido possível, consegui enxergar um pedaço do caminho que tinha percorrido quando entrei ali. Continuei nessa direção, até que ao longe pude ver a silhueta recortada de um castelo com suas muitas torrinhas, levemente, iluminadas. Sorri, estava perto da saída, com um *Nox*, apaguei a ponta, mas ainda empunhava a varinha, com uma certa dificuldade saí da Floresta Proibida, ali do lado de fora com um sorriso triunfante, estava parado um Klaus “Sinistro” Hallofer, com os braços cruzados, parecia que estava à espera. Mancando fui até ele:

~Boa noite, professor! – cumprimentei-o de maneira cordial, senti seu olhar descer para minhas pernas que estavam feridas (e algo me dizia que ele aproveitou para olhar o que não devia – G.G).

~Boa noite, Srta. Thompson – devolveu ele, olhando pra baixo ainda soltou um comentário – Que belas feridas arranjou nessa excursão, hein?

~Ah sim, mas trouxe suas fadas, professor Hallofer. – falei enquanto passava vidro a vidro para o homem à minha frente. Ao fim de cinco potes, bolsa mais leve, não correndo tanto perigo mais, ele retirou do bolso de sua jaqueta um pote, particularmente pequeno e me entregou.

~Aqui, senhorita. Passe nesses ferimentos... é uma pomada para cortes... vai lhe ajudar. – Seu tom de voz era meio seco, rude, mas poderia dizer que tentava ser gentil.

Sorri pra ele, colocando o pote em minha bolsa, o vento frio da noite fustigava e tudo o que eu queria agora era chegar à minha comunal, tomar um banho e descansar. Demorei um pouco mais para subir as escadarias devido ao tornozelo mordido, mas assim que atravessei a aldrava de bronze, respondendo corretamente ao enigma, fui me afogar no chuveiro. Senti a água quente arder nos arranhões que se encontravam vermelhos em contraste à minha pele extremamente branca. Secando o corpo com cuidado, colocando um pijama, sentei-me em minha cama, pegando a pomada para cortes e ferimentos, entregue há alguns minutos pelo professor. Passei onde era necessário, e como que instantaneamente, os arranhões sumiram. Apenas a mordida do tornozelo ainda tinha alguma marca, mas resolvi guardar a pomada depois de ter utilizado um pouco. Com a tarefa realizada e sem forças para me levantar de novo de minha cama, fechei os olhos e adormeci instantaneamente, me recuperando para o próximo dia de aula.
TKS CINDERELLA @ SA!
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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:13 pm





Full moon.

With howling wolves and a crying girl.


Mais uma semana havia passado e com ela a lua cheia havia chegado. Para uns uma bela noite romântica, para outros o desespero de ter que se isolar e assim manter a segurança de amigos e pessoas próximas.

Não era diferente para a monitora corvina, que já sentia as mudanças em seu corpo, com alguma antecedência. Mas ainda assim, o dia da transformação era o pior. O pavor de atacar algum conhecido... deixava a garota em pânico, não permitindo que a mesma pensasse com clareza.

Saíra da comunal, tropeçando em alguns primeiranistas, tinha tomado a poção que ela mesmo havia preparadoe por isso sabia que não seria tão eficaz.

Enquanto caminhava apressada em direção a Floresta Proibida, esbarrando nas outras pessoas, murmurava um "desculpa", e ia vendo em sua mente os rostos daqueles mais lhe preocupavam: Dougie Pylae, Keela Targaryen, Jensen Gryffindor, Alissa Fairbrother, Tris Bennett e outros. Balançou a cabeça com força, se obrigando a correr para a orla das árvores, o brilho prateado começara a inundar o céu, um grito agudo, que misturava a voz da garota e do lobo cortou o ar frio da noite, assim como pedaços de pano caíam no chão, espalhados por uma trilha, indicando que o lobisomem havia se embrenhado na floresta.

O lobo chegara faminto ao coração das árvores, tudo o que passava em sua mente era a presa que ia abater. Sentiu um cheiro de sangue, talvez algum de sua espécie já tivesse passado por ali, farejando logo encontrou um animal ferido, seguindo seu instinto, levantou o focinho como que pra saber se havia outro animal ali pra disputar a comida. Levantou a orelha, para escutar e vendo que só ouvia o coração de sua presa, abocanhou o pescoço e se deliciou com a carne tenra entre seus dentes. O sangue quente lhe escorria pelo pescoço de uma forma que fazia o lobo querer mais. De mordida em mordida ele finalizou sua refeição. Satisfeito se encaminhou para perto do lago, onde parou observando a lua e soltou um uivo de lamento, e ali mesmo adormeceu.

Ao amanhecer, a garota corvina acordara onde antes havia estado o lobo, olhou para baixo, vendo que ainda vestia um pouco de roupa, sua camisa, ou o que sobrara dela estava completamente rasgada e ensangüentada. Olhou para o horizonte, viu que o sol começara a despontar, logo teria que correr para que não a vissem daquela forma.

Não que fosse segredo a sua transformação, mas você cruzar com uma garota trajada daquela maneira, com os cabelos desgrenhados, nascendo o dia, óbvio que não era das visões mais agradáveis.

- Lua cheia... pelas barbas de merlin... - murmurou pra si mesma cansada.

Cherry se levantara e correra para dentro do castelo, se encaminhando para a comunal.




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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:14 pm





Beastly

Fuck yeah, I'm a beastly harlot!

Lua cheia vai, lua cheia vem, e com ela as metamorfoses da licantropa. Cherry já estava acostumada a ter seus momentos de insanidade, apesar de não se recordar do que fazia em sua forma de loba. Ela estava sentada na sua cama, no dormitório corvino, com o dossel fechado, sabendo que teria que sair dali em breve e se deixar ser banhada pelo brilho prateado da lua. Segurava em seu colo uma caixinha de madeira onde guardava tudo o que lhe importava: o pingente de cachorro - presente de natal de Doug; a pulseirinha com um lobinho pendurado - presente de aniversário de Ember; e agora, se juntava à eles a aliança de compromisso, que ganhara também em seu aniversário, (uns dias depois, diga-se de passagem, mas isso não vem ao caso), com uma leve dor no coração, tirou o anel de seu dedo e colocou-o na caixa, lembrando-se da palavras do namorado quando ganhou: "Só não esqueça de tirar na lua cheia... vai saber né?", vendo o sorriso dele no fim da frase, suspirou e guardou a peça. 

Até então, não havia se esquecido de nada, suspirou, fazendo um carinho leve no seu cachorro Snuffles, dando ordens pra que se comportasse em sua ausência. Resolveu, por bem, deixar a varinha no dormitório. Sabia que uma bruxa não deveria andar desarmada, mas era melhor do que quebrar em meio à falta de sanidade. Já era quase noite, quando a corvina deixou sua torre, andando a passos rápidos em direção à Floresta Proibida. O caminho, outrora longo, se mostrou relativamente curto. Talvez fosse seu lado loba assumindo, mas Cherry estava mais atenta, com olfato mais apurado e audição também mais aguçada. Percebendo todo e qualquer movimento ao seu redor. Cruzando com alguns alunos grifinos do primeiro ano, parados na orla da floresta, querendo entrar pra ver quem era o mais corajoso. Sem tempo de ralhar com eles, a lua brilhou no alto, indicando que o tempo de sua consciência humana havia acabado naquela noite. Correu por entre as árvores, permitindo que a loba em si dominasse. A monitora corvina só se deu conta de que havia esquecido uma coisa, quando sua transformação começou, a poção de Mata-Cão. Ela não havia tomado, e sem ela, a dor era mais intensa e, diga-se de passagem, mais real. Teve tempo de reparar as unhas negras e afiadas que agora estava em suas mãos, sentindo os dentes se alongarem junto. Depois disso, tudo é uma confusão na mente da menina.

Um uivo se fez ouvir e a loba agora desfilava pelas árvores. Encarava o brilho que iluminava a noite, e divagava em busca de uma presa. Não demorou muito pra que ouvisse vozes de crianças por perto. Ficou à espreita, sabia que estavam próximos. Como predadora, ia aguardar o momento certo para dar seu bote. E ali estava. Carne fresca, jovem e tenra. Longos cabelos vermelhos, e um par de olhos azuis. A jovem menina, vestida com o uniforme grifino se encontrava parada numa clareira, aterrorizada. Um outro uivo escapou do focinho da loba, mas agora era de felicidade, afinal, seu jantar havia chegado. Em meio aos sons da fera, a garota se desesperou e começou a gritar. Com uma leve pena daqueles cabelos flamejantes em pânico, a licantropa pulou nela e num único golpe desferido por sua pata, a jugular fora rasgada, cessando os gritos de medo e pavor. O líquido vermelho banhava o corpo, que fora rasgado rapidamente pelos dentes da loba que o fazia sem piedade alguma. Descontava toda a raiva de lobisomem nas mordidas e arranhões que dava. Quando não havia mais o que fazer com aquele farrapo humano, a fera o largou e se embrenhou na floresta. Aguardando o fim da transformação e quem sabe um outro lanche que caminhasse direto pra ela.

Nota: Aperte o play! Cool



♠️
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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:15 pm



Foi difícil manter o Merdgar em pé, ele cambaleava sem forças e eu puxava novamente. Ouvi um uivo ao fim da floresta e abri um sorriso bobo__ Mulheres... Uma vez por mês tendem a ficar de TPM__ Voltei a sorrir bobo e retirei a varinha das vestes dele, a segurei horizontalmente indo de encontro ao meu joelho, arrebentando no meio__ Não sou um cara do tipo emotivo, mas eu amo essa garota, que sorte a minha__ Puxei o merdinha novamente, adentrando na floresta, matar? Oh, não sou um assassino__ O passeio está agradável, mas você parece tímido, é porque sou lindo e forte? Pensei que preferia os magrelinhos e sem graça__ Sorri e empurrei-o para frente do meu corpo, fingi me virar e sair andando, mas dei meia volta, rodando meu corpo, jogando minha perna em cheio no seu rosto, me equilibrei enquanto o observava no chão, ele parecia sem forças, e o uivado se aproximava, apontei a varinha para sua cabeça__ Dormentia!__ Isso causaria dor o suficiente para mantê-lo ocupado.

Me virei e caminhei para fora da floresta, mas antes que eu estivesse muito longe, me sentei  em uma pedra grande, e retirei um chocolate do meu bolso, abri e dei uma mordida, parecia ouvir gritos, mas devo estar alucinando, impossível gritos em Hogwarts, afinal esse é um lugar seguro... Dei outra mordida no chocolate e fiquei observando a floresta.


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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:15 pm



TAGGED: Dog Pylae, Edgar Owens
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Full Moon Shining - pt. I
Um dia qualquer
Era um dia como outro qualquer, nada de novo, até então. Acordei cedo me encaminhando para o Salão Principal, a fim de tomar café e falar com meu namorado, e depois eu pensaria em aulas, deveres e obrigações. Esperando apenas que não tivesse meu traseiro chutado da monitoria, pela senhorita Black, quando digo para deixar pra pensar depois nas minhas obrigações. Mas isso não vem ao caso, não no momento. Cruzei com minhas companheiras de casa e função, Charlotte e Catherin, na saída do dormitório, sorrindo pra elas e descendo as escadas espiraladas, avistei Alissa, teríamos a mesma aula e fomos caminhando pra fora da torre corvina, passando pelo – agora – monitor Shea e por Edgar. Cumprimentei ambos com meu costumeiro “Bom dia”, tem gente que realmente confunde minha educação, bondade, gentileza e paciência com outra coisa, e Edgar Owens era um desses, com a loira ao meu lado, pude ouvir ao longe:
 
~”Bom dia, monitora delícia!” - claro que minha língua grande não coube na boca e fui obrigada a responder.
~Vá comer cupcake de dragão, Edgardo! – berrei, revirando os olhos e segui com minha amiga.
~Uuuuh... Doguinho não está cumprindo com seus deveres?? – provocou de novo, ai Merlin com suas cuecas arreadas, que fiz pra merecer essa peste? Strip na santa ceia? É... deve ter sido.
 
Não, não respondi. Era muito desaforo. A loirinha apenas observava. Passamos a aldrava de bronze, tentando nos animar naquele início de manhã, carregava minha mochila por cima do meu ombro e seguia nosso caminho até o esperado desjejum. Mas alguém da casa dos texugos chamou Lissa e ela se despediu de mim, dizendo que me veria na sala, e eu segui sozinha. Não demorou muito pra que meus saltos tocassem o chão de pedra fria do Salão Principal, corri os olhos rapidamente pelo ambiente, me demorando na mesa grifina, vendo se encontrava meu boy magia e lá estava ele, cabeça baixa, provável que lendo o Profeta. Abri um sorriso e saltitei rapidamente até ele, lhe cobrindo os olhos:
 
~Bu! Bom diaaa... – fingi dar um susto nele e cantarolei, ele me olhou de volta, enquanto eu tomava assento na mesa grifina, ao lado dele
~Bom dia, Baka. – com seu habitual sorriso cachorro
~Dormiu bem? - ele me deu um aceno positivo e eu continuei – Humm... sabe que hoje é lua cheia, não sabe? Eu... ah... bem...
~Shhhh.... eu sei. – pousou seu indicador em meus lábios me fazendo calar, sorri travessa e tentei mordê-lo – Vamos fazer conforme o combinado... Okay? Okay. – soltei um suspiro audível, que fez a sobrancelha dele se arquear – O que houve?
~Ah... nada demais... você sabe... só o Owens, com aquela putaria logo cedo. – resmunguei, estava exausta disso, e percebi Dog respirar fundo antes de falar qualquer coisa.
~Qual foi a grande cena do dia? – ele trincava os dentes. E não, isso não era um bom sinal.
~”Bom dia, monitora delícia...” e quando o mandei comer Manticora de dragão, ele perguntou se você não estava cumprindo com seus deveres... te chamando de Doguinho, dá licença, que só eu posso usar esse apelido e ele não tem nada a ver com isso. – falei brava, cruzando os braços, mas logo me voltei pro Baka – Mas tudo bem... vou ajeitar isso... - isso fez o garoto rosnar. Devo admitir, que é muito fofo vendo-o imitar um cachorro de verdade. Suspirei, precisava dar um jeito no corvino, mas parecia que ele não me levava a sério.
 
Era cômico o modo como nos comunicávamos, como agíamos, como diria uma amiga somos como “Fogo e Gasolina”, LISPECTOR, Alissa. Olhei Dog, terminando de bebericar o café que havia na caneca, trocando algumas palavras e puxei seu pulso pra ver as horas.
 
~Vamos, ou vai se atrasar, porque eu com certeza vou... Até chegar na biblioteca e seguir pra aula de História da Magia... ai ai – Saí puxando o grifino pela mão, caramba, ele era pesado! Ainda mais quando fazia manha – Doug... vai logo, baka!
 
Muito relutante ele se levantou e caminhamos até onde nossos passos tomaram direções opostas, me despedi dele com um beijo e segui para o que me aguardava. Os minutos longos viraram horas, que passavam quase que lentamente pelas aulas. A lua cheia logo brilharia no céu e eu me perderia por entre as árvores que compunham a Floresta Proibida. Eu olhava perdida pela janela afora, imaginando a próxima transformação, sempre fazia isso, tinha curiosidade na transformação. Estava tão distraída que olhei assustada, quando um grito etéreo cortou o ar, pronunciando meu nome:
 
~Senhorita Thompson! Pode por gentileza se atentar à aula? – mesmo pra um fantasma, a senhorita Shacklebolt não estava com suas melhores feições, murmurei timidamente um “Desculpe-me” e voltei a me focar na última aula do dia.
 
Assim que o sinal tocou, indicando o fim das aulas, corri para a minha comunal, precisava deixar o material e óbvio, precisava de um banho pra relaxar, mesmo que fosse por curtos vinte minutos. Estava eu, saindo do dormitório, levava a poção de acônito comigo, ia beber assim que chegasse na Floresta. Lembrei de deixar a varinha no dormitório e voltei correndo, sem perceber, joguei o frasco da poção em cima da cama, e fui guardar os meus pertences, como era hábito fazer todo mês.
 
[...]
 
Saí, em direção à Floresta, passando pelo campo de quadribol, onde um time treinava, parecia ser o time corvino, mas estava distraída demais para ver a cor dos pontinhos que voavam e logo alcancei sua orla. Vestida apenas com meu uniforme, sem qualquer blazer ou capa, ergui os olhos visualizando se o brilho prata já estaria resplandecendo. Ainda não, significava que possuía alguns minutos. Não levou muito tempo, eu já havia começado a me embrenhar na floresta, quando a transformação começou.
 
Um uivo cortou o ar, indicando que não havia mais a monitora-chefe em sua consciência ali, apenas uma loba que não reconheceria ninguém. A loba levantou o focinho, farejando o que quer que se aproximasse e pudesse fazer de refeição. Alguns animais de pequeno porte cruzavam seu caminho e ela pegava-os para si com voracidade. Porém, alguns ruídos que não pertenciam à bichinhos se pronunciaram próximo à Fera, que parou, com orelhas em pé, pronta a atacar.
 

~Minhas Falas || "Meus pensamentos" || Licantropia On
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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:17 pm





Full Moon Shining - pt. II

Fuck yeah, I'm a beastly harlot!

A loba escutava atenta à aproximação, parecia que havia alguns desavisados na Floresta esta noite. Seu focinho ávido farejava carne e sangue. Sangue bem fresco, por sinal. Ela conseguia ouvir ruídos humanos, vozes, mas não identificava a quem pertencia e tampouco, o que falavam. Um centauro passou por ali, mas ele não era o foco da atenção da licantropa. Havia tensão nos cascos que ali pisavam, mas ela não se importava. Queria apenas provar o sangue que havia inundado o ar. E então, num estouro, alguém começou a berrar, inevitavelmente, a loba deixou sua posição e partiu rumo ao som. Deparou-se com o que havia farejado, era um garoto magricela, bastante machucado e ensangüentado (Edgar Foster Owens), que estava caído com as mãos na cabeça. O aroma de refeição invadia as narinas da Fera, tirando o pouco raciocínio que lhe restava, fazendo-a pular nele com as mandíbulas abertas. Os dentes cravaram-se nos ombros da criatura, arrancando outra grito de dor, mais uma mordida no braço, e outro grito. Mordeu a jugular, rasgando a garganta do garoto, e por fim, os sons cessaram. Era um animal de grande porte, suficiente para forrar o estômago da loba, que acabou por devorá-lo. Muito bem alimentada, a licantropa se encaminhou para o lago, deixou que sua língua tocasse a água fria, saciando a sede. Após uma belíssima refeição no meio da Floresta Proibida, a lobinha adormeceu.
 
Acordou, com o dia quase raiando, não mais uma loba e sim a menina morena de olhos claros que era, fora de períodos complicados. Descabelada, com as roupas esfarrapadas, esfregou os olhos e correu pra fora da Floresta, se deparando com o namorado sentado na pedra. Viu a embalagem do chocolate, próxima à ele e sorriu pulando em seu pescoço.
 
~Oi meu amor... desculpa a demora... vejo que passou o tempo em ótima companhia com essa barra de chocolate. – abraçou-o pela cintura, e caminhou com ele para longe dali.

OFF - Não estamos mais no local, caso não tenha ficado claro.

Nota: Aperte o play! Cool

Nota 2: Só pra constar... estou mais leve.



♠️
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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:18 pm




Another full moon...

And the curse goes on...

Cherry preparava-se para passar a noite fora, era lua cheia, logo ela representava perigo para os colegas de casa e todos os outros habitantes do castelo. Estava sentada em sua cama observando Snuffles, seu basset preto, dormindo profundamente, sorriu para si mesma imaginando que mais um pouco ele poderia roncar. Ao seu lado, encontrava-se a criatura que recebera do papai noel, o ano passado, um pelúcio que agora atendia pelo nome de Batman - indícios de uma viciada em HQ's - , e agora eles formavam o trio parada dura de afeição. A princípio, Cherry acreditava que Batman não se adaptaria à ela nem ao basset, mas que grande engano. Ao retornar das aulas, ele a recebia junto com Snuffles, com focinhadas e lambidelas. Havia ciúmes no início, mas nada que não pudesse ter sido contornado. A única fraqueza de sua criatura mágica, era ver algo brilhando, não podia deixar nuques, sicles e galeões - não que tivesse sobrando - à vista, mas o mesmo se aplicava a anéis, brincos e correntes. Ela andava sem nada, o máximo que usava era um brinco discreto, uma pulseira que ficava escondida sob a suéter e uma correntinha muito de vez em quando. Acarinhou os dois animais sobre sua cama e sussurrou: - Mamãe, volta logo, tá? Comportem-se... Sabem que estarei na Floresta, caso queiram me ver... Até mais, Snuffles e Batman. Levantou-se, deixando a varinha na gaveta da mesa de cabeceira, olhou pela janela da torre corvina, observando o vento forte lamber as folhas das copas das árvores. Era meio frio, mas não vestiu suéter, estava apenas com a camisa de mangas longas e a saia do uniforme. Saiu de sua comunal e desceu, espreitando para ver se não tinha nenhum monitor no caminho, mesmo sabendo que seu motivo era justificável, para perambular pelos corredores àquela hora, achou melhor não arriscar uma longa explicação, a transformação aconteceria em breve. Caminhou a passos rápidos até a orla da Floresta Proibida, já estava acostumada àquela trilha, permeou galhos secos e caídos, abraçava o próprio corpo, tentando se aquecer em meio as rajadas de vento.
 
Chegou então numa clareira, a lua antes coberta pelas nuvens, agora iluminavam a morena de tez pálida. Fora instantâneo, o luar prateado bateu nela e a transformação começou, ela não havia tomado a poção Mata-Cão, não havia se esquecido, ela apenas não tivera tempo de preparar a mesma. A primeira e mais dolorosa parte era quando o focinho se alongava, o uivo agudo de dor indicava isso. Os membros logo se alongaram, os pêlos cresceram, os olhos lupinos buscavam presas, mas a floresta não emitia um silvo se quer, indicando a presença de alguma presa, a única coisa ali eram restos de uniformes rasgados.
 
A loba perscrutava a Floresta que a acolhia como uma velha conhecida, mas não havia sinais de animais para sua alimentação, não havia cheiro de sangue no ar para disputar o jantar, ela continuou procurando, mas as horas iam avançando, parecia que os habitantes dali sabiam de sua presença e não ousavam se mostrar. Um ronco grave ecoou de seu estômago, indicando que estava faminta, abraçou o próprio corpo, como se estivesse se segurando e dessa forma pudesse amenizar a fome, mas o abraço se intensificou, até o momento em que cravou as unhas em si mesma, deixando vincos ensangüentados e profundos ao longo dos membros superiores. Um uivo se seguiu, e uma patada no rosto deixando a marca de três unhas na mandíbula. Não havia nada para ela se alimentar, a fome não pôde ser aplacada e os ataques aumentaram, uma das noites mais longas da loba. Cansada de andar em círculos sem encontrar presa alguma, ela voltou à clareira onde havia se transformado e deitou em posição fetal, na esperança de dormir e fingir que não sentia nada. Passou a noite ali, num choro não tão silencioso, não havia percebido que tinha voltado a ser humana.
 
A morena então sentiu um sol tímido aparecer e aquecer de leve a sua pele, havia um pedaço de uma camisa e uma saia esfarrapada, ali onde estava e que pertenciam à ela mesma. Colocou, serviu apenas para cobrir as partes íntimas, olhou seus braços, poder-se-ia dizer que foram rasgados, os machucados cobertos de sangue seco, terra, folhas precisavam de cuidados que só obteria na Ala hospitalar. Sentiu uma ardência no rosto, com a ponta dos dedos tocou o local e concluiu que havia feito um estrago e tanto, iria precisar de pomadas cicatrizantes e poções anti-inflamatórias. Caminhando com uma certa dificuldade por conta dos ferimentos, Cherry deixou a Floresta, pensando se ia direto para a Torre Corvina ou se ia para a enfermaria. Que noite de cão havia sido aquela.
 
OFF: Cherry não está mais na Floresta.



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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:18 pm



TAGGED: Charlotte Roos Le Vasseur
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PLACE: Floresta Proibida
LYRICS: SheWolf - Sia
Surpresa!
Acalmando uma meio-veela
Cherry ria consigo, ouvindo as afirmações da companheira de casa. As passadas leves indicavam duas damas - ou talvez uma só, neste caso, a srta. Le Vasseur - perambulando, seguindo-a para sabe-se-lá onde. A morena ouvia com atenção, abrindo a boca algumas vezes para reprovar a conduta da loira, sobre pegar as chaves e jogar no lago negro, isso era coisa que uma garota devia fazer? Aliás, isso lá era coisa de alguém fazer??? Ao ouvir o tom sério de Charlotte Le Vassoura, ela endireitou a postura e se apressou a dizer, após ser atropelada pelas palavras da outra ravina, ao mesmo tempo em que era arrastada pra dentro da Floresta.
~Claro que não, Lolotta... por que eu diria? Eu também tenho meus segredos, você sabe bem... - deu um sorriso fraco e logo seu coração disparou, dando-se conta da situação, isso não era boa coisa, noite de lua cheia, sem poção de mata-cão e Charlotte com ela. Os olhos arregalados em pânico, querendo fazer o caminho de volta pra não machucar a francesa, porém, todo esforço fora em vão. Pararam, por fim, em uma clareira, as nuvens encobriam a brilhante lua ainda, então ela ainda tinha alguns minutos antes do pior acontecer, ou assim ela pensava, mas deixou que a surpresa e a indignação a dominassem diante do ato da menina.
~Vo-vo-você sabe? Mas.... como?? Eu bem... eu devia ter te contado, pra te proteger e sério, Lotte... não é bom você ficar aqui, não hoje... a lua... daqui a pouco... - Cherry não terminara a frase e engoliu em seco, mas franziu o cenho ao ouvir as palavras "consegui desenvolver uma habilidade"... Do que raios essa francesa maluca estava falando, se perguntou a licantropa.
E como se tivesse ouvido esse questionamento, Charlotte deu lugar à resposta, permitindo que seus membros se alongassem, os pêlos crescessem adquirindo uma tonalidade translúcida e os olhos, outrora pequenos e delicados, agora imensos e ferinos encaravam uma cereja desnorteada.
Cherry não conseguira demonstrar tamanha gratidão a não ser envolver o pescoço da tigresa com seus braços magros e finos num abraço apertado, deixando algumas teimosas lágrimas de carinho e agradecimento escaparem:
~Você é a melhor! Com toda a certeza... não sei como te agradecer... pode ficar com todo o meu estoque de doces e o que mais quiser... Lolotte... nem sei o que dizer... - terminou apertando mais um pouco o pescoço da tigresa.
A lua que antes estava oculta pelas nuvens, se mostrou, banhando de prata a animaga e a garota-loba, a morena então fora obrigada à se desvencilhar, pois de uma forma dolorosa ela começou a sumir e a assumir a forma licantropa de todo mês. Com uivos agudos ela completou o processo, seus olhos que permaneciam claros, resquícios da aluna, encararam a amiga tigresa e mostrou os dentes afiados numa tentativa de sorrir, e naquela linguagem animal, restrita à lobisomens e animagos, "comentou":
~Ainda não sei como agradecer tamanha gentileza e dedicação... - encostou o focinho no que aparentava ser a bochecha de Charlotte Tigresa Le Vasseur, e agradeceu novamente. - Mas então, você vai ser eternamente ilegal, Lotte? Ou pretende regularizar isso aí? - sua curiosidade era incessante, mas estava tão feliz por poder compartilhar o período com a amiga que nem se preocupou em não perguntar.
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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:19 pm



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Surpresa!
Acalmando uma meio-veela
Mesmo sem a consciência humana, a loba diante da tigresa, ainda tinha muito da Cereja. Ela já havia se acostumado com a transformação, por mais dolorosa que fosse, não havia como fugir, fazia parte do processo, mas nunca havia partilhado desse momento com outra pessoa. Sentia os olhares da francesa ardendo sobre ela, mas assim como chegou o momento ele passou, e logo ela já estava sorrindo de novo. É claro que Cherry já tinha ouvido falar dos dons empáticos da senhorita Le Vasseur, foi por esse motivo que não se espantou quando uma nova onda de sentimentos suprimiu a sua, querendo que ela se acalmasse com as explicações que viriam a seguir. Deu um sorriso concordando com Lotte sobre viver na ilegalidade, ela mesma era uma que jamais havia comparecido ao Ministério para se registrar como licantropa, em parte por medo, em outra parte... Por preguiça mesmo.

A tigresa Lotte foi andando, adentrando mais ainda a Floresta e tagarelando do jeito que só ela fazia, arrancando um rosnado-risada divertido da loba:

~O que eu faço? Eu caço! -  soltou uma gargalhada, que era no mínimo hilária, para aquela bola de Pêlos de aparência feroz - Na verdade, gosto de caçar fadas, por conta do brilho....

A loba deveria que a reação da tigresa fora cômica, onde ela receberia e esperaria uma resposta dessas? A Cherry-loba parou sentindo um cheiro diferente que veio com uma rajada de vento, era doce e seu estômago roncou, fora denunciada pela fome, mas logo sentiu uma onda de sentimentos lhe invadirem, algo calmo, como se quisesse transparecer que nada havia ali.

~Vamos, preciso comer... Um bichinho pequeno já ajuda... E... Eu não curto aranhas... Mesmo sendo loba. - completei a frase de forma divertida pra ela.

Respirou fundo, a tigresa havia transmitido em algum momento a sua curiosidade, a morena pôde compreender que ela queria saber como ela se tornou aquilo, encarou Lotte com os brilhantes olhos claros a luz do luar:

~Sei que você quer saber como me tornei... Vou te contar... Faz um tempo, foi logo quando cheguei... Houve um baile nos jardins do castelo, daqueles que só se poderia ir com acompanhante, à época, eu fui com o Jason, você o conheceu um pouco depois... Foi quando ele oficializou o pedido e aquele romantismo todo que eu já não tenho mais... Acontece que um garoto mais velho, do quinto ano, Slytherin era licantropo e não havia tomado sua poção de mata-cão... Ele era parte de uma das gangues da escola. Pois bem, no momento em que a lua cheia tocou sua pele, ele virou essa fera que hoje eu me torno... Eu era monitora, não podia sair da festa assim e deixar os alunos... Então eu fiquei e tentei ajudar, mas não vi quando ele veio pra cima, ou vi, não lembro, só sei que foi muito rápido... E depois só me lembro de acordar no St. Mungus... Como a ferida fora profunda e no ombro, acharam por bem me encaminhar para o hospital e não para a ala hospitalar. E foi assim que virei loba... - Cherry sorriu, tranquila, ainda abismada por se lembrar de tantos detalhes, mesmo depois de tanto tempo - Eu imagino que não foi só por mim, sei que você tem seus segredos, Lotte... Mas por quê aprender animagia? O que você quer conquistar? Algo me diz que tem mais feijõezinhos nesse angu do que todos imaginam...
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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:20 pm




FAIRIES

and the long night just ended

A empolgação da tigresa em caçar os seres diminutos fizeram a loba se levantar e guiar o caminho para onde poderiam achá-las. As patas pesadas tocavam de forma suave o gramado da Floresta Proibida, fazendo com que adentrassem mais e mais na mesma. Caminharam por alguns longos minutos, até se depararem com uma área pantanosa, onde havia todo tipo de criaturas, até mesmo aqueles Cava-charcos. 

A tigresa Lotte fez menção em rosnar algo para perguntar das fadas, mas a loba apenas lhe fez um sinal para que aguardasse. Sentou-se sobre os flancos traseiros e cerrou as pálpebras, escondendo as orbes claras. Esperando que Lotte a observasse. Não demorou muito para que as pequenas fadinhas começassem a surgir, como que conferindo se o território era seguro, veio uma, duas, três... até elas perderem a conta. A luz que irradiava do corpo pequenino, fizeram a loba esquecer de qualquer outra preocupação, permitindo-se passar o tempo com elas, a tigresa imitou-lhe o gesto e vez ou outra tentavam persegui-las, mas acabavam numa corrida desenfreada, jogada à beira do pântano, com rosnados divertidos, indicando que estavam rindo.

A aurora começou a surgir, por esta altura, a loba e a tigresa haviam tirado um cochilo, assim que os primeiros raios de sol tocaram a pele da morena, ela começou seu doloroso processo para retornar à forma humana. Segurou um uivo para não acordar ou preocupar a amiga e aguardou pacientemente, enquanto lágrimas silenciosas escorriam.


Parecia não ter fim, mas quando deu por si, já era a mesma Cherry de antes. Olhou para o lado e se deparou com o olhar atento da tigresa, sabia que ela havia presenciado, esperava só não tê-la acordado. Assim que percebeu segurança, Charlotte Le Vasseur também retomou sua forma humana e a encarou com um sorriso.

- Bem, senhorita Le Vasseur... - começou ela num tom formal e ligeiramente divertido - Espero que possa me inteirar da noite que passamos no pântano, não me recordo de nada.

- Antes de qualquer coisa, vamos voltar, precisamos urgentemente de um banho... estamos fedendo cachorro molhado! Por merlin!

A morena concordou com a cabeça, apenas rindo, enquanto ela e a francesa se encaminhavam para a torre ravina.

[OFF: Cherry e Charlotte deixaram a floresta]

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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:20 pm




Fight!

Lobos, cães e pelúcio

A manhã fria e cinzenta indicava que o inverno se fazia presente. E nessa época era comum o cheiro de tortilhas de carne e abóbora invadirem o dormitório, isso fazia qualquer focinho se atiçar e acordar a sua respectiva dona. Pois bem, lá estava eu, Cherry Thompson, abrindo os olhos e me deliciando com o cheiro do que seria servido no café da manhã. As aulas haviam terminado, para alegria a nossa, mas ainda faríamos exames, isso não era nada feliz. Não me preocupei em colocar casacos, sobretudos e cachecol, logo mais eu me transformaria em loba, a noite prometia uma lua cheia e roupas esfarrapadas.

Devidamente trocada e com a cama arrumada, sentei-me e peguei minha carteira com nuques, sicles e galeões, pus me contar quanto ainda tinha disponível para passar o mês. Por sorte, titia e papai me davam uma mesada, mas ainda assim, já estava pensando num estágio, o único porém era QUAL estágio. Eu estava ali separando minhas moedas tilintantes, com Snuffles ao meu lado dormindo em sua roupa listrada de azul e cinza, cores típicas da Raven, só não tinha o brasão, quando Batman chegou com aquele focinho espalhando tudo, não sabia o que pegava primeiro:

- BATMAN! Largue isso já! - meu pelúcio mordeu um galeão, largou, cheirou um nuque, avançou para um sicle, retornou ao galeão, enquanto eu tentava esconder o que restou sobre a cama, Snuffles agora se engalfinhava com a criatura, como que para me ajudar, mas sem sucesso. - Batman, se você não largar, vai ficar de castigo e sem bolo de carne!

Eu entrei naquele rolo de bichos, tentando separar meu cão e meu pelúcio e recuperar meu galeão. Depois de patadas, mordidas, lambidas e muita briga, consegui me desvencilhar com meu prêmio.

- Pelas artes de Merlin na praia! Batman, é a 5ª vez este mês que você tenta me assaltar, ou que tenta pegar os pertences das minhas colegas de dormitório! Se continuar assim, serei obrigada a te dar poção para dormir! - meu tom de voz bravo, fez os dois se encolherem, o pelúcio me encarava com aquele olhar de "não fiz por mal". E Snuffles detestava quando eu falava desse jeito e tomava as dores do coleguinha. Suspirei e acarinhei o topo da cabeça dos dois. - Não gosto de brigar com você, mas não me deixou outra opção...

Deixei os dois no dormitório e me encaminhei para o Salão Principal, a fim de tomar meu café com Lotte e Mel, encontrei ambas na mesa da Huff.

- Bom dia, Cher... - o costumeiro tom amigável da lufana se pronunciou, me fazendo sorrir

- Bom dia, Mel, Lotta...

- Cereja, dia. - a francesa deu uma mordida na torrada e voltou sua atenção para mim - Hmm, tem problema se passar essa lua sozinha?

- Não, por quê? - perguntei me servindo da tortilha de carne que me acordou com o seu aroma.

- Lotte e eu fomos escaladas para a ronda, parece que a Diretora quer que a gente trabalhe o dobro agora que acabou as aulas...

- Ah... Sem problemas... Logo irei para a Floresta e só volto quando acabar esse período... Não se preocupem comigo... - sorri, mesmo odiando estar sem companhia.

- Mas é claro que nos preocupamos... - ergui a mão interrompendo.

- Uma lua cheia... Não vou morrer, o máximo que pode acontecer é mais um pack de cicatrizes para a coleção. - dei de ombros. Elas tinham seus deveres como monitoras, não havia nada que eu pudesse fazer quanto à isso.

(...)

O fim de tarde se aproximou, e as rajadas de vento se tornaram mais intensas, me fazendo abraçar o próprio corpo, para tentar me proteger do frio. Comecei a me embrenhar na Floresta Proibida, os passos cautelosos para evitar atrair a atenção do que poderia vir me atacar. Minha varinha havia ficado no castelo por questões de segurança. Não demorou para que eu achasse uma clareira, assim que pisei ali, o brilho da lua me atingiu, iniciando a transformação.

Os pêlos se alongaram e adquiriram uma coloração mesclada de cinza e branco, a coluna curvou, fazendo a garota ficar em pé sobre quatro patas. O nariz se esticou, de forma afunilada, transformando-se num bonito focinho. O corpo enrijecido, não mostrava mais um humano, mas sim uma loba, que preservou apenas seus olhos azuis esverdeados.

Começou a correr, batendo as patas com força contra o chão... Queria ganhar velocidade, adrenalina, queria esquecer do mundo a sua volta e apenas sentir. Não sentia frio, apesar do vento cortante estar contra a sua cara. Buscava, além disso, uma presa. Precisava de alimentar, teve que ir num dos pontos mais profundos das árvores, próximo ao esconderijo da antiga Aragogue, ou assim parecia ser. Ali ela encontrou uma gazela ferida, o pescoço aberto e o cheiro de sangue invadindo suas narinas como um chafariz, já não havia salvação para ela, seja o que for que atacou, não gostou do que era e largou-a para morrer, sem se compadecer.

A loba farejou o animal semi-morto,  mas ainda podia ouvir um fio de vida ali dentro, decidindo acabar com esse sofrimento, ela abocanhou o pescoço já aberto e arrancou um pedaço. A respiração cessou, bem como os batimentos cardíacos decretando a morte. Assim que se viu com o corpo ali, começou a se alimentar. Não passou muito e restou só  a carcaça; a licantropa ergueu seus flancos traseiros e começou a caminhar a esmo pela floresta.

Parou diante de um lago, onde a copa das árvores não se fechava e pôs-se a observar a gigante prateada no céu. Contemplava de forma sonhadora e uivou como se quisesse tê-la para si. O pedido acabou por atrair a atenção de um outro lobisomem perdido pela floresta. A loba que namorava a lua, não queria brigar, tentou de várias formas evitar o confronto, mas não conseguiu. Foi atingida por uma mordida em seus flancos dianteiros. Vendo que não teria outra saída, revidou, com uma patada brusca para tirar o lobo de cima de si. Mancando ela conseguiu ficar de frente pra ele, rosnando de forma que não deixaria aquilo barato, o outro lobo a encarava querendo o segundo round. Sem dar tempo dele pensar, investiu contra o adversário mordendo e arranhando onde alcançava. Ele fazia o mesmo, atingiu uma pata de garras afiadas no focinho da loba, deixando profundos vergões com sangue. O outro licantropo era bem maior que a lobinha, então quando se cansou de brigar, atirou-a para um lado, deixando-a desfalecida e ferida, e voltou a sumir pela floresta.


Os brilhos tímidos de um raio de sol bateram em minhas pálpebras me fazendo acordar. Senti ardência na região dos olhos e nariz, e uma dor lancinante nas costas, era um ferimento aberto, o pior é que eu não me lembrava de nada. Com certa dificuldade me levantei e caminhei de forma vagarosa pra fora dali, precisava -urgentemente- ir à Ala Hospitalar e tinha que fugir dos olhos de rapina de Lotte, são explicações que eu não saberia dar.

OFF: Cherry não está mais na Floresta.




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MensagemAssunto: Re: Floresta Proibida   Floresta Proibida Icon_minitimeDom Set 04, 2016 8:21 pm




!

Memories and thoughts

A morena havia deixado a festa de comemoração ravina, com muitas coisas em mente. Mesmo a lua cheia sendo apenas na noite seguinte, ela caminhou para a Floresta, precisava clarear seus pensamentos, uma confusão de sensações a invadiam e ela não sabia dizer o quê, de fato, a afligia. Pisava sobre as folhas caídas e galhos secos do local. Havia ganhado um colar-penseira por ter realizado as aulas, a pedra fria se fazia notar entre os seios, caminhou mais um pouco até a clareira, sentou-se, puxou-o objeto e pressionou a pedra entre os dedos. No mesmo instante, uma imagem se formou diante de seus olhos, trazendo uma cena de alguns anos atrás.

A noite ia alta, mas nenhum dos presentes ali parecia sonolento para deixar a roda e ir dormir. Ao contrário, todos estavam muito empolgados. Jogavam "Verdade ou Desafio". Cherry estava sentada em frente a um loiro grifino, havia conhecido o mesmo naquela noite. Já haviam trocado danças, ela havia feito algo sensual e ele... Bem, ele havia dançado a Macarena, a pedido dela. 'A vida é assim, num dia você tá de boa, no outro você tá de Macarena...' Os olhares se cruzavam de quando em quando, junto com os meios sorrisos. A garrafa girou tantas vezes até que parou de Dougie para Cherry.
- Verdade ou desafio, monitora?
- Desafio. - o tom brincalhão dela denotava provocação, e o sorriso dele confirmava que havia concordado.
- Muito bem... Então te desafio a passar essa bala para qualquer um aqui... - mostrou a bala pra ela e olhou ao redor - Mas... Passar... Sabe como, não? - uma piscadela travessa finalizou o desafio.
Ela pegou a bala, abriu-a e colocou-a na boca, olhou para os presentes, apenas para fazer charminho, mas ela bem sabia pra quem passaria. O garoto estava em pé, ela se pôs diante dele e sussurrou:
- Já escolhi pra quem vou passar... - os lábios dela encostaram nos dele devagar, iniciaram o que se podia chamar de um beijo, mas eles jamais admitiriam isso, ao menos, não naquela noite. Os braços finos dela, à essa altura, já envolviam o pescoço dele, enquanto ele a segurava pela cintura, travesso, ele roubou o doce com certa habilidade e sorriu.


A imagem da cena se desfez, e a morena suspirou:
- Só precisou de uma bala pra tudo começar... Sempre temos açúcar envolvido... - deitou na grama fria, pensativa, olhando o céu estrelado e uma lua quase cheia encarava a licantropa de volta, guardou o colar novamente, junto com o pingente de cachorro que havia ganhado daquele que estava na memória e assim ficou até adormecer.

[...]

Os raios de sol a iluminavam, mas não foi isso que a despertou. Foram as lambidas em seu rosto, de um lado estava sua salsichinha, Snuffles; do outro, um pelúcio atrevido, Batman. Ambos balançavam o rabinho, felizes por vê-la desperta. Esfregou os olhos com as costas da mão e sentou-se, chamando os dois para o seu colo, passando os braços em volta de cada um, sorriu de leve:

- Como estão, minhas crianças? Sentiram falta da mamãe, é? - depositou vários beijinhos no topo da cabeça das criaturinhas e se levantou. Ainda vestia  o uniforme de cheer, começou a andar, sendo ladeada pelos dois, se embrenhando ainda mais. Snuffles conferia o caminho, ia, farejava e logo retornava, como se dissesse que tudo estava bem.

Longas horas se passaram, até cair a noite. Batman estava quieto, brincava de vez em quando com o cachorro, mas nada além do normal. Não demorou muito para que a luz prateada tocasse a pele alva de Cherry e desse início à transformação. Snuffles e Batman, sentaram-se à frente dela, apreensivos e preocupados com o que acontecia com a sua guardiã. Um uivo prolongado se fez ouvir assim que o focinho tomou forma, os pêlos cresceram, as unhas se transformaram em garras afiadas, o único resquício da garota, eram os olhos que permaneciam da mesma cor.

Os latidos do cachorro se fizeram ouvir, e a loba concordou com um uivo baixo. Iam procurar comida, o pelúcio farejava, tentando localizar algo comestível. As quatro patas da licantropa batiam com suavidade no chão, também farejando, precisavam de uma porção generosa, para dividir em três. Algo nela sabia que não era para machucar os bichinhos que lhe acompanhavam, só não sabia dizer o que era. Ao longe podia-se ver pontos brilhantes flutuando, era a diversão da loba, que deixou de lado, mas não passou despercebida para Batman, que saiu correndo atrás das fadinhas, Snuffles, o perseguiu latindo, como se estivesse dizendo: "Deixe as fadas em paz, precisamos achar comida pra ela!" Mas fora em vão, o pelúcio continuou correndo e pulando tentando alcançar os seres diminutos. Um latido grave e rouco se fez ouvir, era a loba "rindo". Sentou-se sobre os flancos traseiros e pôs-se a observar. Logo, algumas fadinhas começaram a voar ao redor de suas orelhas, a pata traseira alcançou e começou a coçar e assim a espantar as criaturas. Snuffles estava sentado também, abanava a cauda suavemente, assistindo a cena. De tanto pular, Batman se cansou e resolveu retomar a caminhada em busca de comida. Não demorou muito para que a loba encontrasse um veado e o atacasse. Se deliciando a cada mordida. O cachorro e o pelúcio apenas observavam, não se atreviam a comer a carne tão fresca. Terminada a refeição, eles foram atrás de um lago. A loba precisava se lavar e beber água. Eles chegaram num lago e havia mais fadas ali, e a algazarra recomeçou, dessa vez, os três resolveram participar, foi guerrinha de água, perseguição de fada e um pouco de pega-pega, até que se cansaram e deitaram de patas pro ar na grama e adormeceram.

Cherry acordou, agarrada no cachorro, com um pelúcio apoiado em suas costas, espreguiçou-se, fazendo com que eles acordassem junto com ela e imitassem seu gesto. Sentiu os fios negros balançando em na frente de seu rosto e sentiu o famoso cheiro de "cachorro molhado".

- Eeewww... vamos cambada... preciso urgentemente de banho... - se aproximou deles e sentiu também - E vocês também, cruzes!

A passos largos se guiou para fora da Floresta, se deparando com uma Charlotte de braços cruzados e cara nada amigável, ela ia começar a falar, mas Cherry levantou a mão.

- Sim, eu sei. Estou indo pro chuveiro, não precisa falar nada... - e retornaram para a torre ravina em silêncio, com Lotte em seu encalço.

OFF: Cherry, Charlotte, Snuffles e Batman não estão mais na Floresta.




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